quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Malvadeza

-Iraci? 
-Iraci?
Foi assim que soprou
O velho pajé
O tempo
O ritmo da chuva
que secou no vento
Assú preto! pode avoar
Decretou o seu Luiz, o Gonzagão
Amara acedeu uma vela
Todos sentados na sombra de uma mangueira
Escutando uma saraivada guiada por Lampião
Miram
Um canto voador no infinito
Afinando os acordes de tua chegada.
Limpo e profundo
É a mesma voz de quando tudo começou...
Passando entre as frestas
Dos dentes de um menino
Que como eu
Observa a poeira na estrada
Vida e morte
dançando no sopro do Saci
Iraci! Iraci!
Pense n' eu vez em quando

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