segunda-feira, 25 de julho de 2011

2:54

Não são as pulgas!
São somente pensamentos, desejos, cores e as luzes da madruga.
É minha mulher que liga triste e com saudade, saudade do tempo em que eu sonhava
São os lápis, canetas e cadernos
É meu coração que teima em acelerar, jogando para minha cabeça o dever de me iludir
Não são elas! Não são as pulgas!
Que me afastam da cama, dos sonhos e de mim.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Procissão

Não quero remédio, respeite minha dor
esse tédio vai passar, quando ela cruzar avenida
e sair se espalhando pelo rosto da cidade.
Ei!!!
Devagar!!! com esse remédio
Devagar!!!
Devagar com a dor que o santo é de barro.

Meio Fio

Caminhamos...´

Entre o peso do sentimento e o vazio extremo
entre o peso da pergunta e o vazio da resposta
entre o peso do corpo e o vazio da alma

É difícil procurar algo onde não existe nada.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ao amanhecer

Hoje sinto que vou morrer
Pode ser ao amanhecer se der tempo de acordar
Com tiro ou um grito depois do susto dela
- A morte
Hoje sinto que vou morrer
Pode ser do coração que cansou de correr atrás de mim e me abandonou .... tÙn...túutun...
Ou um descuido, um sinal aberto, um carro, eu no chão, na ambulância, no hospital, no caixão e de volta pra casa.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

No caminho de casa

Escrevo meu nome do céu...
na boca...
no céu da boca...
Risco o fosforo e toco fogo no amor
Mergulho no rio e batizo a realidade
Ando pelas calçadas, descalço, sem calça, descalças, descalçadas,
nuas,
ruas...
dessa cidade
Ouvindo gritos cheios de silêncio
Enquanto o avião passa
Perco a hora de dormir
Me alimento de dúvidas e vomito minha cabeça
Cantando canções que nem me lembro, de cantar
ou de lembrar?!?
Simplesmente não lembro de nada...
nem do nada.
Han?!?!

sábado, 8 de janeiro de 2011

QUARTO - SENTIDO

Vivendo o mesmo dia.. a dias.
Atrasado.
5...6..horas luz.
Negra.
Pele que me espera.
Na janela.
Que abro e digo que não estou.
Bem.
Que me faz mal.
Secreto.
É meu desejo.
Que me despejo todo no papel.
Branco.
O céu não me anima a sair da casa.
De barro.
Fui feito.
Devagar!
Por que posso cair.
Pelas ruas.
Não quero andar.
Só.
Mente sã.