segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MAR

Discursando minha própria verdade
pedindo para nascer de novo
criando mundos...
tão frágeis quanto um castelo de areia

Ondas mortas apagam a realidade
e tudo que é subjetivo me toma
não há caminhos, nem saída
só o mar de incertezas

Então mergulho de cabeça
no que antes era loucura,
hoje torno verdade
faço do cérebro, coração

Da vida faço canção
ao som da maré
doce ilusão, quero vivê-la
e não me afogar.

sábado, 14 de agosto de 2010

0,5

O Choro engolido, a angustia retida
Pode ser um sinal
Mas, não é um sinal de força.

Enquanto isso cruza meu corpo
e ferve no copo.
Tento contato
um contato imediato
Estou no meio, ou ao meio?
-Não sei...

Meio tudo, no meio de tudo
meio vivo, meio morto
Meio quilo de ilusão engarrafada
meio fio, cabeça no chão
meio não, tudo não
meio solto, meio preso na gravidade
meia idade, meia verdade...
Minha verdade.