A fome,
Cruza os olhos
marejados dos bares
do Recife.
A fome,
come!
o resto na farinha,
da batata frita.
A fome revira o lixo
e a fotografia esquecida
Katalata, pro leite das criança
A fome,
dança!
um balé invisível
entre os risos vazios
Os olhos da cidade
fecham os olhos de fome
ela não dorme, insone
A fome,
sonha!
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