Vem Esmeralda!
vem Diamantina,
vem pelos rios e serras
pêlos e florestas
pedras e pernas
várzeas e ravinas
vagina
tua mãe é Anaíra
tem o canto de cancão
guriatã é menino
mas tem pena de pavão
Vem Esmeraldina
olinda sibita!
voa no céu de Santo Antão.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
segunda-feira, 7 de julho de 2014
Qualquer
indo não sei pra onde
fazendo não sei o que
seguir seguindo
novo é tudo, sempre.
não há direção, nem geografia
só luz e amor
noite e dia
fazendo não sei o que
seguir seguindo
novo é tudo, sempre.
não há direção, nem geografia
só luz e amor
noite e dia
terça-feira, 8 de abril de 2014
Veneno da Lata
Na lata
onde sardinha rouba sardinha
é difícil perceber
a borboleta voando na janela
virando casulo
em outra árvore,
outro ninho
nascerá ave
o ciclo está fechado
nem precisa de assalto.
onde sardinha rouba sardinha
é difícil perceber
a borboleta voando na janela
virando casulo
em outra árvore,
outro ninho
nascerá ave
o ciclo está fechado
nem precisa de assalto.
sábado, 8 de março de 2014
Evocação
Onde estão as cores?
das fotografias
camisas coloridas pelas ruas
chuva de papel
nuvens do céu de alegria
Abrir as portas da pupila
onde estão flores?
além das tulipas das cabeças
todas essas coisas nunca serão
nem parte nem grão
de areia de certeza
das fotografias
camisas coloridas pelas ruas
chuva de papel
nuvens do céu de alegria
Abrir as portas da pupila
onde estão flores?
além das tulipas das cabeças
todas essas coisas nunca serão
nem parte nem grão
de areia de certeza
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Café
Pelas vezes que tentasse me matar
todas as noites sem luz
todo o calor dos dias
e por todos os dias que morri
e por toda vontade que ainda há
há sempre o renascer dentro mim
como a luz sol que virá
sigo madrugando
transformando o frio em calor
dor em amor
segundos em minutos
no tempo em que o tempo acabar
terás meu sangue em tua boca
teus pelos nos meus
se ainda houver tempo
somente se ainda houver
peço me mate agora
já que o agora passou
passeando nos meus pés
por isso, posso seguir
mesmo que me mate
nessa tarde afogado numa xícara de café
todas as noites sem luz
todo o calor dos dias
e por todos os dias que morri
e por toda vontade que ainda há
há sempre o renascer dentro mim
como a luz sol que virá
sigo madrugando
transformando o frio em calor
dor em amor
segundos em minutos
no tempo em que o tempo acabar
terás meu sangue em tua boca
teus pelos nos meus
se ainda houver tempo
somente se ainda houver
peço me mate agora
já que o agora passou
passeando nos meus pés
por isso, posso seguir
mesmo que me mate
nessa tarde afogado numa xícara de café
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