segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Café

Pelas vezes que tentasse me matar
todas as noites sem luz
todo o calor dos dias
e por todos os dias que morri
e por toda vontade que ainda há

há sempre o renascer  dentro mim
como a luz sol que virá
sigo madrugando
transformando o frio em calor
dor em amor
segundos em minutos
no tempo em que o tempo acabar
terás meu sangue em tua boca
teus pelos nos meus
se ainda houver tempo
somente se ainda houver
peço me mate agora
já que o agora passou
passeando nos meus pés
por isso,  posso seguir
mesmo que me mate
nessa tarde afogado numa xícara de café